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Todos os textos aqui publicados são escritos por mim, baseados em meus trabalhos acadêmicos da vida universitária construida na UNIFESP, no qual eu acho interessante e gostaria de compartilhar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

As narrativas em medicina




O artigo “As narrativas em medicina: contribuições à pratica clínica e ao ensino médico” escrito em 2005 pela pediatra Eloísa Grossman e pela Profª Drª Maria Helena Cabral de Almeida Cardoso , tem como objetivo discutir o papel da narrativa em medicina, apresentando as formas de discussão mais comumente encontradas sobre o tema, partindo de fontes bibliográficas cujo objeto é a formação medica no novo milênio.
Dividido em três partes, o artigo apresenta em nove páginas com uma linguagem acessível , uma classificação das narrativas médicas, inter-relações entre Medicina e Literatura, e posições atuais dos especialistas no que tange o papel da narrativa na ética médica; tudo isso apontando como uma epistemologia narrativa sempre esteve contida no ensino e na prática médica.

Segundo o artigo, o campo da literatura e medicina foi introduzido nas escolas médicas americanas em 1972; essa iniciativa foi fruto da ampla reflexão sobre como enfrentar o desafio da educação médica de integrar excelência técnica e traços humanistas. Medicina e narrativa caminham juntas visto que múltiplas possibilidades narrativas são geradas pela doença: o adoecimento por ele mesmo, inscrito nos corpos; a descrição autobiográfica dos pacientes; a transformação dos relatos destes pelos médicos e o próprio curso da doença, expondo relações entre linguagem, soma, individuo e tempo. A ênfase nas narrativas em medicina parece ser um caminho profícuo para aproximar o medico do mundo do paciente, a ajuda-lo a entender o que a doença representa para cada individuo em particular.

A agradável leitura do artigo nos transparece uma pratica de sensibilidade da comunidade médica para com os pacientes. Fica claro os benefícios que a narrativa acrescenta à formação em medicina; transformando o olhar do médico sob o paciente, visando eliminar aquele caráter tecnicista que impõe uma grande distancia entre medico e paciente no processo saúde-doença que muitas vezes atrapalha essa relação e até mesmo o processo de cura.

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