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Todos os textos aqui publicados são escritos por mim, baseados em meus trabalhos acadêmicos da vida universitária construida na UNIFESP, no qual eu acho interessante e gostaria de compartilhar.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Educação ? Educações.



Carlos Rodrigues Brandão, atualmente é pesquisador visitante da Universidade Estadual de Montes Claros. Coordena o projeto coletivo de pesquisas OPARÁ - comunidades tradicionais do rio São Francisco e dos sertões do Norte de Minas Gerais (CNPq/FAPEMIG). Coordena também o projeto Etnocartografias do rio São Francisco (CNPq). Possui experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura popular, educação popular, rituais populares e religião. Trabalha também, desde 1963 com movimento de educação, sobretudo nas áreas de educação popular e educação ambiental. É membro do Conselho Internacional e consultor do Instituto Paulo Freire. Divide sua obra escrita entre a antropologia, a educação e a literatura. Publicou e coordenou a edição de sessenta e dois livros nestas três áreas do conhecimento. É comendador da Ordem do Mérito Científico, recebeu prêmio do CNPq por sua obra em cultura popular. Recebeu a medalha Roquette Pinto da Associação Brasileira de Antropologia e o Prêmio Poesia-Liberdade pela Fundação Centro Alceu Amoroso Lima. Recebeu também a medalha Dom Helder Câmara, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
O texto aborda o tema educação e suas diversidades; e toma como exemplo a educação indígena que é diferente da educação dos homens brancos; e como essa diferença reflete na vida deles, ao passo que um índio tem necessidades de conhecimento bem distintas das necessidades de conhecimento dos homens brancos, necessidades estas, que são determinadas pelo seu modo de vida.
Em mundos diversos a educação existe diferente: em pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nômades; em sociedades camponesas, em paises desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre suas classes; em tipos de sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado entre e sobre as pessoas; enfim, existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo, ela existe em cada povo ou entre povos que se encontram.
A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura em sua sociedade; pode existir livre e entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tomar comum como saber, como idéia , como crença, aquilo que é comunitário como bem, como trabalho ou como vida. A educação participa do processo de redução de crenças e idéias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto, constroem tipos de sociedades.
Por fim, a educação contribui para pensar tipos de homens que aquela sociedade, naquele momento, necessita ter; e ajuda a criá-los, passando de geração em geração o saber que os constitui e legitima.



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